Useless
O bom português gosta de reunir. Não interessa com quem nem para quê. Vale sempre a pena sentir o peso do "compromisso" de dizer que se tem uma reunião. Mas convenhamos que raras são as vezes em que o fruto da reunião justifica a sua existência.
Seja como for, há uma coisa que me irrita profundamente e que ultrapassa o facto das reuniões serem um capricho de quem as convoca porque sente falta de companhia ou porque tem falta de ocupação. Refiro-me a reuniões de pseudo-decisão em que todos votam, não há consenso e depois quem convoca a reunião decide tudo como se nada fosse. Sinto-me como se fosse obrigada a assistir a um espectáculo contrariada. Porque no fundo, já se sabe que em última analise há sempre um voto que é major. E que bem explicada, a democracia nestes casos (sabe-se lá se noutros também se aplica!) se resume a ter pessoas votantes para legitimar uma decisão despótica, previamente formulada e que precisa de ser consentida no próprio momento, de forma coagida. Há sempre aquele teatro - porque parece não haver um consenso, é assim porque eu digo.
Pior que sentir que estou a perder tempo, sinto-me defraudada e usada para dar vivas e quorum a algo com o qual discordo. Serei só eu?!
By Elmo, intrigado
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