Actualmente vivemos no mundo da informação, devido à celeridade da troca de informação quando tomamos conhecimento de certo facto, este já foi tão sobejamente refutado que passou a ser falso. Isto acontece mais frequentemente no campo das ciências exactas desde física, química, matemática até economia e gestão. Quando de um dos lados do Atlântico se toma como verdade incondicional determinada premissa, do outro lado está alguém (e por alguém são sempre batalhões de equipas) a laborar numa teoria que prove exactamente o contrario. E dessa informação veiculada a Terabytes por hora quando tomamos conhecimento das notícias acontece um de dois fenómenos: ou já é falsa ou já aconteceu algo que a suplanta em termos de actualidade.
O que me leva a concluir que vivemos sempre no passado…ou talvez não. No dia-a-dia transmite-se a noção de pressa e impaciência. Como se houvesse uma força superior que nos impele a ser mais e mais rápidos, e infelizmente não necessariamente melhores. Na viragem do século, ou antes, do milénio passou a privilegiar-se a quantidade em detrimento da qualidade, em todos os sentidos. Mais descobertas, mais lucros, mais produtividade, subidas de índices (?) e de tal forma ficamos acelerados, que passámos a viver no passado.
De certa forma, parece-se com o paradigma dos gémeos - que é explicado pela Física; se um viajar a uma velocidade superior à da luz e outro permanecer na Terra ao fim de 50 anos o que viajou está muito mais novo.
Ou seja, por muitos e bons anos que vivamos ao ritmo crescente que estamos, e atrevo-me a dizer, quase exponencial vamos retroceder de tal forma no tempo que quando chegarmos ao fim da vida, é como se voltássemos ao inicio, à origem de tudo.
by Elmo.
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