A vida por pontos
Temos milhares de cartões nas nossas carteiras, que na maioria dos casos apenas servem para fazer volume (e peso). Qualquer pessoa que entre numa loja e tenha o azar de fazer uma compra é logo assediada, por um formulário com o preenchimento implícito dos dados pessoais e presenteada com um cartão de cliente fidelíssimo, para futuras compras e eventuais descontos. E daqui decorre que temos cartões para tudo e mais alguma coisa. Se antigamente uma pessoa adulta teria em media um cartão, dois no máximo de debito e um de crédito. Hoje vendem-se carteiras (nas lojas da especialidade) que servem para guardar os cartões. E depois há sistemas mais ou menos sofisticados como a questão dos pontos, em que uma pessoa tem de comprar até à exaustão o que precisa e o que não precisa para acumular pontos para um presumível vale-oferta ou desconto mesquinho. E há para todos os gostos: gasolina, livraria, perfumaria, roupas, análises clínicas, mas para mim colmatou o espanto quando se introduziram os cartões de farmácias?! Como é que possível haver cartões para acumular pontos em função dos medicamentos que se consomem?! E para cúmulo da indecência ainda se quer que as farmácias possam escolher os medicamentos que os doentes devem tomar. É que a gasolina só usa aquela marca quem quer.
Quem fica a ganhar? Sem dúvida, doentes mas só os que tiverem muitos pontos.
By Elmo.
2 comentários:
joana, eu tb ja tinha pensado nessa questão e acho ridículo!! então aquele anúncio de uma jovem a dizer qq coisa como "eu já tenho200 pontos!" e o velhote "eu já tenho 600 pontos!"... se calhar vocês aí podem até têm muitos pontos mas saúde nem por isso...
um verdadeira aberração!
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