Escolha ou ilusão
Poderemos verdadeiramente escolher?
Ou somos determinados à partida?
A resposta parece aparentemente fácil e simples, escolhemos. Porque se não pudéssemos escolher não seriamos confrontados com indecisões e saberíamos sempre que direcção tomar. Em boa verdade, não sabemos. Muitas vezes fazemo-lo de forma errante. Em que, inexplicavelmente, conseguimos acertar e encontrar o rumo para a nossa vida. Por outro lado, quando nos analisamos retrospectivamente, em particular aos nossos erros, achamos que em determinada situação escolhemos de forma INEVITAVEL. Porque com os dados que possuíamos não nos seria possível ter feito outra opção se não aquela que se revelou à posteriori, errada. Inversamente, se analisarmos em retrospectiva casos de sucesso, preferimos aceitar por explicação a intervenção do acaso, sorte ou quiçá algo Divino. Daqui se poderia intuir a inexistência de escolhas. Ora se para escolher temos de considerar a Razão intimamente ligada a um corpo, este dotado de experiencia vivida da qual não se pode dissociar.
Todo e qualquer juízo evocado por essa Razão estará forçosamente “contaminado” pelas vivencias passadas. E onde entra o conceito de liberdade? Se a nossa Razão não é livre? O corpo forma uma espécie de fronteira que limitam de certa forma as escolhas, mas de modo algum as impedem. Digamos que as orientam num sentido, mas não chegam a colocar-nos no rumo exacto.
O desafio não está em contrariar a Razão para levar o corpo ao limite (físico e mental) mas antes, exactamente o oposto. Conciliar o equilíbrio entre corpo e razão, será em ultima análise juntar o querer ao dever.
E daqui decorre, que as escolhas existem, e que não vale a pena fugir delas, porque isso será uma forma de evasão a nós próprios. Até de desonestidade.
O desafio não está em contrariar a Razão para levar o corpo ao limite (físico e mental) mas antes, exactamente o oposto. Conciliar o equilíbrio entre corpo e razão, será em ultima análise juntar o querer ao dever.
E daqui decorre, que as escolhas existem, e que não vale a pena fugir delas, porque isso será uma forma de evasão a nós próprios. Até de desonestidade.
As múltiplas razões que nos levam a uma escolha serão tão validas quanto nos é possível no momento em que as fazemos.
Mesmo errada, a nossa escolha só pode ser legitimada se no momento em que a assumimos a nossa convicção era de que se tratava da mais próxima da Verdade.
E o momento da Verdade aproxima-se. Inevitavelmente.
By Elmo.
2 comentários:
"O momento da verdade" já esteve mais longe! Resta aguardar...
Sim, aguardemos pois.
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