segunda-feira, agosto 07, 2006

domingo, agosto 06, 2006

PEDRO dos LEITÕES


EN1 Mealhada
Anadia
Distrito: Aveiro
Telefone:23122062

O mais conhecido e o mais antigo dos restaurantes da Mealhada é o "Pedro dos Leitões". Álvaro Pedro, antes de se instalar em sua própria cidade de nascimento, morou no Brasil, em São Paulo, onde não se deu bem no negócio de restaurantes. Na década de 40, numa casa modesta junto à estrada Porto-Lisboa, começou a tornar famoso o leitão da Bairrada, que antes era circunscrito ao consumo doméstico da própria região. No princípio dos anos 50, com a inauguração da auto-estrada e o aumento do tráfego entre Lisboa e o Porto, o restaurante cresceu e hoje é uma casa ampla que atende a mais de 800 pessoas por dia em cada fim de semana.

Entre dezenas de pequenos e médios restaurantes, são 12 os principais na gastronomia da Mealhada: além do Pedro dos Leitões, a Meta dos Leitões, o luxuoso Quinta dos Três Pinheiros, Hilário, Belarmino, o Restaurante Típico da Bairrada, Rei dos Leitões, Simões dos Leitões, Floresta, Pic-Nic dos Leitões, Oásis e Churrasqueira Rocha.
Próximos uns dos outros, recebem por dia centenas de viajantes que não resistem à parada ou então, como é o meu caso, que atravessam as estradas da França, da Espanha e do Norte de Portugal em busca do saboroso e único leitãozinho da Mealhada.

Mata do Buçaco

BUÇACO

Não se conhece ao certo a história da mata em tempos mais longínquos. No séc. II foi provavelmente um refúgio para os primeiros cristãos. No séc. VI os Beneditos fundaram o seu mosteiro na Vacariça, povoação a 5 Km do Buçaco.
Em 1094 era já posse do bispo de Coimbra, que em 1628 a vendeu à ordem dos Carmelitas Descalços. O
convento, ermidas, muros e caminhos foram por eles construídos, tendo também plantado e tratado as árvores da mata.

Em 1810 ocorreu a batalha do Buçaco, onde os Portugueses e seus aliados Ingleses lutaram contra as tropas de Napoleão Bonaparte. Como memórias dessa batalha temos o Obelisco, o Museu e a Oliveira onde o Duque de Wellington amarrou o seu cavalo, perto do convento onde pernoitou.

Em 1834 a mata passou a propriedade do estado, tendo sido então introduzidas muitas espécies novas. As cruzes foram trocadas por capelas no séc. XIX, com figuras em terracota, mostrando os vários passos da paixão de Cristo. Em cada passo há uma inscrição.
Recentemente as capelas foram vandalizadas, em especial as primeiras da Via Sacra, aguardando-se a sua restauração para breve.

FLORA

Breve nota introdutória
A mata do Buçaco é bastante rica no que diz respeito à flora.
Quando no século XVI os monges Carmelitas a descobriram, encontraram nela uma grande diversidade de vegetação. As condições climáticas da região, nomeadamente a abundância de precipitação (1500mm/ano), favoreciam esta diversidade.
Dada a sua cultura religiosa e a ligação à natureza os monges contribuíram de forma significativa para o aumento da diversidade existente, replantando e introduzindo novas espécies.

Os ciprestes e os cedros são bastante representativos na Mata e são exemplos marcantes da ligação a textos bíblicos (Os cedros e os ciprestes eram associados ao Líbano e ao Monte Sião, em Jerusalém ... As madeiras da Cruz são Cedros e Ciprestes)*.
Durante todo o período de ocupação do Buçaco pelos Carmelitas (de 1628 a 1834), além da plantação de espécies da região ou oriundas de regiões mais distantes esta ordem religiosa preservou todo o património natural e foi construíndo o que, ainda hoje, constitui motivo de visita a este recanto da Serra do Buçaco.
Com alguma tristeza, constatamos que actualmente a mata se encontra algo degradada e abandonada.
Sente-se uma grande necessidade de realizar diversos trabalhos de limpeza de matos, de espécies invasoras, de podas de limpeza e de recuperação de exemplares arbóreos.

ARQUITECTURA


Relativamente ao património arquitectónico da Mata do Buçaco podemos distinguir monumentos de arquitectura militar, religiosa e civil.

Arquitectura Religiosa
Na mata do Buçaco existe um património religioso riquíssimo constituído por um
convento, onze ermidas, quatro capelas, vinte passos da Via Sacra e dois cruzeiros.

Arquitectura Militar
No que diz respeito a arquitectura militar encontramos um
Monumento à batalha do Buçaco de 1810, onde as tropas da última invasão da Guerra Peninsular foram derrotadas e ainda um Museu Militar.

Arquitectura Civil
Em relação à arquitectura civil encontramos várias
fontes espalhadas pela mata, as famosas portas e o notável "Palace", palacete neo-manuelino construido no século XIX, com claras inspirações no Claustro dos Jerónimos, na Torre de Belém e no Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, de grande feito e impacto paisagístico, arquitectónico, escultórico e grandiosa representatividade cultural e artística.