sexta-feira, setembro 29, 2006

Barbara Hendricks - Soprano

Barbara Hendricks nasceu no Arkansas, Estados Unidos da América. Diplomou-se na Juilliard School of Music, onde estudou com o meio-soprano Jennie Tourel. Anteriormente tinha já obtido o grau de Bacharel em Ciências (Matemática e Química) pela Universidade do Nebraska, aos vinte anos de idade.

Em 1974 estreou-se como cantora de ópera nos Estados Unidos (Ópera de São Francisco) e na Europa (Festival de Glyndebourne), apresentando-se seguidamente nas principais casas de ópera do mundo, incluindo a Ópera de Paris, a Metropolitan Opera, a Royal Opera House - Covent Garden e o Scala de Milão. Com a interpretação de Susana, em As Bodas de Figaro, estreou-se em Berlim, Viena, Hamburgo e Munique, sendo também o papel que cantou nas últimas interpretações desta obra realizadas por Karl Böhm. Barbara Hendricks já gravou doze personagens de ópera, contando com mais de vinte no seu repertório activo, o qual se estende de Mozart (Pamina, em A Flauta Mágica e Ilia, em Idomeneo) aos clássicos franceses (Antonia, em Os Contos de Hoffman; Micaela, em Carmen; Manon, em Manon de Massenet; Julieta em Romeu e Julieta de Gounod; e Mélisande, em Pelléas et Mélisande de Debussy) e às obras-primas da ópera italiana (Liù, em Turandot e Gilda, em Rigoletto). Em 1998 cantou a parte de Liu na histórica estreia de Turandot na Cidade Proibida, em Beijing, com o maestro Zubin Mehta e direcção artística de Zhang Yimou. Em Março de 2000 estreou-se no papel de Tatiana, em Eugene Onegin, na Ópera de Nice, sob a direcção de Vladimir Chernov. Fez a sua estreia em filme no papel de Mimi, numa produção de La Bohème realizada por Luigi Comencini. Em 1994 interpretou o papel de Anne Truelove numa produção cinematográfica de The Rake's Progress, dirigida por Esa-Pekka Salonen e premiada internacionalmente. Foi membro do júri na edição de 1999 do Festival Internacional de Cinema de Cannes, presidido por David Cronenberg.

Desde a sua estreia em recital no New York Town Hall, em 1974, Barbara Hendricks é reconhecida como uma das principais solistas da sua geração, adicionando ao seu vasto repertório de Lieder, canções de compositores franceses, americanos e escandinavos. Entre os pianistas com quem cantou e gravou, destacam-se os nomes de Dmitri Alexeev, Michel Béroff, Yefim Bronfan, Michel Dalberto, Youri Egorov, Ralph Gothoni, Radu Lupu, Maria João Pires, Roland Pöntinen, Staffan Scheja, Andras Schiff e Peter Serkin. Participa activamente em festivais de música de câmara, que também organiza regularmente com alguns amigos que com ela partilham a paixão por esta especialidade musical. Nos palcos de concerto, Barbara Hendricks cantou o seu extenso repertório com as principais orquestras e os mais destacados maestros do nosso tempo. Nas suas mais de 80 gravações discográficas, colaborou com maestros como Barenboim, Bernstein, Davis, Dorati, Giulini, Haitink, Karajan, Maazel, Mehta, Sawallisch e Solti. Durante quase vinte anos, as suas gravações a solo foram realizadas em exclusivo para a EMI Classics.

Barbara Hendricks estreou-se no domínio do Jazz em 1994, no Festival de Jazz de Montreux, tendo desde então actuado regularmente em importantes festivais de Jazz em todo o mundo. Realizou digressões ao Japão com Karajan (1977), Bernstein (1985), com a Ópera de Viena (1986) e com a Ópera de Hamburgo (1996). Efectua também digressões regulares ao Extremo Oriente e à América Latina e participa em festivais de música por todo o mundo.

Em 1974 cantou na estreia americana de Un Espace Déployé de Gilbert Amy, com a Orquestra Sinfónica de Chicago e o maestro Georg Solti. Em 1976 cantou também na estreia americana de Dies Irae de Penderecki, com a Orquestra Filarmónica de Los Angeles e o maestro Zubin Metha. Em 1996 participou na estreia mundial de The Rain in the Trees de Tobias Pickers, com a Orquestra Sinfónica de Pittsburgh e o maestro Lorin Maazel. Como convidada especial de Yehudi Menuhin, estreou cinco obras de compositores conhecidos internacionalmente, dedicadas a Lord Menuhin por ocasião da celebração do seu octogésimo aniversário, no concerto de encerramento do Festival de Música do Lincoln Center. Em 1997 cantou no Japão, em estreia mundial, canções do jovem compositor japonês Mari Takano. Em 2000 interpretou a Elegia de Mölna de Sven-David Sandström, encomendada propositadamente para ela pelo Festival de Música de Câmara de Gotland. Em 2002 cantou, em estreia mundial, Das erschaft der Dichter nicht de Bruno Mantovani, obra encomendada para a sua voz pelo Ensemble Intercontemporain.

Depois de mais de quinze anos ao serviço da causa dos refugiados e do seu apoio à causa da UNHCR, foi nomeada Embaixadora Honorária Vitalícia pela UNHCR, realizando tarefas que requerem a sua longa experiência e dedicação. Nos anos de 1991 e 1993 deu dois concertos de solidariedade em Dubrovnik e Sarajevo. Em 1998 fundou a Barbara Hendrikcs Foundation for Peace and Reconciliation, para institucionalizar a sua luta a favor da prevenção dos conflitos no mundo e facilitar a reconciliação e a paz duradoura nas zonas atingidas pela guerra. Em 2001, por especial pedido de Kofi Annan, Prémio Nobel da Paz, cantou na cerimónia e concerto de gala da atribuição do Prémio Nobel em Oslo e em 2002 na cerimónia do Dia da independência de Timor Leste.

Recebeu numerosos prémios pela sua actividade artística e pelo seu trabalho humanitário: Doutoramento Honoris Causa, pela Universidade de Lovaina (Bélgica - 1990); Doutora em Direito, pela Universidade de Dundee (Escócia - 1992); Doutora em Música, pela Universidade Wesleyan (Nebraska - 1988); Doutoramento Honoris Causa, pela Universidade de Grenoble (França - 1996); e Doutoramento Honorário em Música pela Juilliard School (2000). Desde 1990, é membro da Academia Sueca de Música. Em 1986 o governo francês nomeou-a "Comendadora das Artes e das Letras" e em 1992 o Presidente François Mitterrand atribuiu-lhe o grau de "Cavaleiro da Legião de Honra". Recebeu ainda o Prémio da Fundação Príncipe de Astúrias para as Artes 2000 (Espanha), pela sua contribuição para a causa dos direitos humanos e para o legado cultural da humanidade. Em 2001 recebeu o prémio Internacional do Lions Club, como forma de encorajamento da acções da sua fundação.

Vive na Europa desde 1977, é cidadã sueca e mãe de dois filhos.

13 Novembro 2003

Barbara_Hendricks@gulbenkian on the 17th october 06

sexta-feira, setembro 22, 2006

3 PIANOS – Bernardo Sassetti, Mário Laginha e Pedro Burmester


@CCB
4out./5Out.

Depois de no final do ano passado terem visto esgotar completamente o concerto que deram no grande auditório – espectáculo muito bem recebido pelo público e a crítica especializada – Bernardo Sassetti, Mário Laginha e Pedro Burmester voltam ao local do crime desta vez em dose dupla.O espectáculo 3 Pianos reúne no mesmo palco três dos pianistas mais conceituados da música nacional, que apresentam a solo, em duo e em trio algumas composições escolhidas de entre o repertório de cada um e outras criadas em conjunto.Com formações clássica e jazzística, os três pianistas têm vindo a firmar-se individualmente no panorama musical português. Os álbuns e concertos a solo e em parcerias com músicos de renome têm elevado o nome de cada um dos três ao estatuto de excelência.Depois de terem surpreendido no primeiro espectáculo em conjunto, Sassetti, Laginha e Burmester preparam-se agora para apresentar novas composições, que com toda a certeza surpreenderão quem tiver o privilégio de assistir.

terça-feira, setembro 12, 2006