quarta-feira, janeiro 14, 2009

Elmo's Post Weekly - Quem espera, desespera.

Quando sabemos antecipadamente que vamos ter de esperar, podemos pensar em inúmeras coisas para fazer durante esse tempo. Seja para o aproveitar de forma útil, seja para o “passar” de forma mais ou menos airosa, que não a olhar ininterruptamente para o relógio. O pior é quando inesperada e inexplicavelmente nos deixam à espera, sem saber ao certo de quê.

Sempre me persuadiram que ser pontual era uma virtude, e fazer esperar os outros era falta de educação. Muito frequentemente as pessoas atrasam-se por motivos imprevisíveis e na maior parte dos casos sem culpa activa nesse ponto. O que me parece inaceitável, é que, vivendo na época das telecomunicações (em que não nos damos sequer ao trabalho de anotar o que quer que seja e dizemos a toda a hora – manda-me mensagem, manda p’ró mail ou ainda passa-me para a pen - a mais insignificante e diminuta informação) as pessoas não avisem, dando uma mínima e preferencialmente plausível explicação sobre o atraso.

O que me suscita um sentimento de quase revolta, é quando alguém me chama para apressadamente o acompanhar, largando tudo o que estou a fazer, e no minuto seguinte põe-se ao telefone ou à conversa num corredor, para me fazer sinal que espere?!... Esse compasso de espera, por mais breve que seja, é do mais doloroso que tenho conhecido. Nem a sala de espera no dentista ou o mais atrasado dos voos, me parecem tão penosos, tão injustos e tão vazios de conteúdo. Durante o tempo que vai passando, vamos experimentado sucessivamente sentimentos de indignação, revolta, tristeza, inutilidade e, por fim de desperdício. E mais espantoso, é que isto é recorrente na maioria das pessoas. E se cada um pensar para si terá várias situações que o possam ilustrar. Esta espera é oca, vã e absurda.

Porque se tivermos de esperar, ao menos que sejamos nós a seleccionar o objecto da nossa espera e que valha a pena.

3 comentários:

Filipa disse...

brilhante... e oportuno!

Elmo disse...

Thnx!!! ;-)

theone disse...

Bravo!
E com muita razão...