A Medicina e o resto
De um modo geral, as pessoas não procuram opinar em áreas profissionais alheias à sua própria área sob pena de dizer asneiras de forma gratuita. A excepção feita, é mesmo na área de Medicina, em que se tem por dado adquirido que de médicos e de loucos todos temos um pouco (uns mais que outros, eu diria…).
Seja como for, ninguém se vai pôr a tentar dissertar sobre as finanças de um amigo, ou sobre as causas legais de um conhecido ou sobre as características técnicas das obras da casa do vizinho. Sim, porque não faria sentido. Para tal, teria a pessoa de ter estudado Economia, Direito e Engenharia, respectivamente.
Tomemos outro exemplo, se o hipotético amigo/conhecido/vizinho ao invés desses problemas tivesse antes uma dor de barriga, febre ou outra maleita, estou certa de que alguém (desde a porteira até ao ajudante de farmácia) teria vastos e bons conselhos para dar. Sendo o curso de Medicina o que tem maior média para a sua entrada, cria-se aqui um paradoxo.
É que no que respeita à saúde as pessoas não se ensaiam de diagnosticar e mais grave ainda, medicar a sintomatologia alheia. Pior, muitos ainda se gabam por cima! Sim, porque para se estudar Medicina, de longe o curso mais longo, somando o Internato Comum e a Especialidade, não fica por menos de 10-12 anos de estudo continuo. Realmente é de bradar aos céus a quantidade de dissertações absurdas que temos de ouvir.
By Elmo.
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